Guilherme Ugeda
Aluno da pós-graduação de Nutrição Esportiva e Estética e Clínica Integrativa Funcional
@nutricionistaugeda
Nutricionistas constantemente alertam sobre a importância da ampla diversidade nas escolhas alimentares in natura, o famoso “quanto mais colorido melhor”. Há décadas em que o estímulo para uma alimentação rica em vitaminas, minerais, fibras dietéticas, carotenoides, flavonoides é reforçado, afim de garantir maior consumo de compostos ditos como antioxidantes.
Sabemos que inúmeras causas e desfechos de doenças são fomentadas via dieta e estilo de vida. Isto ocorre pelo fato de que todos os dias durante nossas 24h, o nosso organismo busca constantemente equilibrar os momentos entre o excesso de oxidantes (agentes estressores) e sua remoção, através dos sistemas de defesa antioxidantes.
Você pode estar se questionando a razão pela qual isso é relevante para nossa conversa. Para contextualizar então de modo bem simples, saiba que o saldo final desses momentos citados anteriormente é o que determina o seu nível de saúde. Alguns compostos, ainda que essenciais para um bom funcionamento de organismo, nós seres humanos não os produzimos, o que se faz necessário garanti-los através da dieta, como é o caso da luteína. Foco desta nossa conversa.
A luteína é encontrada na gema de ovo, cenoura, rúcula, espinafre, mostarda, no abacate, dentre outras frutas e verduras, e que nos possibilita considera-la um importante nutracêutico por desempenhar diversas funções na saúde humana. Bioativo dietético qual desperta grande entusiasmo no âmbito cientifico, para concretas descobertas ao que diz respeito à recomendação diária de sua ingestão.
Em níveis plasmáticos acima do habitual, os resultados são animadores frente às ações antioxidantes, anti-inflamatórias, neuroprotetoras, fotoprotetoras, cardioprotetoras, dentre outras possibilidades observadas após suplementação com doses elevadas.
A luteína é o carotenoide mais abundante no olho e no cérebro, bem como seu isômero estrutural zeaxantina. Frequentemente novas pesquisas buscam autenticar a associação destes compostos com a saúde dos olhos. Tais substâncias vieram à tona por conta da descoberta de que elas são presentes em abundância na mácula, qual é situada no centro da retina e responsável pela visão central.
Com forte plausibilidade biológica, resultados demonstram que estes pigmentos são capazes de reduzirem a sensibilidade da mácula à luz azul de alta energia (como a luz da televisão, tela do celular, computador, outras). Atuam como um tipo de ‘’óculos de sol natural’’. Consideradas imprescindíveis na prevenção e tratamento da degeneração macular relacionada a idade (DMRI), esta que é a principal causa de cegueira em pessoas acima de 50 anos. A fisiopatologia da DMRI é complexa. Envolve fatores como predisposição genética, estilo de vida, acúmulo de fatores apoptóticos, inflamação local e neovascularização.
Fato é que os olhos estão relacionados ao cérebro e diferentes processos cognitivos, agindo como uma extensão do sistema neural. Partindo deste ponto sabemos da importância em preservar e promover a densidade macular, a fim de melhorar a percepção-motora, memória, velocidade de processamento e aprendizagem, linguagem, atenção e cognição social.
Evidências demonstram possíveis associações de baixa densidade óptica do pigmento macular e visão deficiente, em pacientes com doença de Alzheimer (DA), doença neurodegenerativa mais comum em idosos e com estimativa próxima aos 80 milhões de casos diagnosticados até 2040. Além disso, dentre as causas mais comuns de mortalidade em todo o mundo, o acidente vascular cerebral (AVC) apresenta a mesma linha de investigação que a DA, qual associam então, níveis elevados de estresse oxidativo em seus respectivos desfechos clínicos.
Há tempos em que centenas de milhões de pessoas são acometidas por doenças crônicas respiratórias. Alguns estudos investigam o papel da luteína como possível protetora das vias aéreas de danos resultados por inflamação, como a asma, chiado, displasia broncopulmonar, função e mortalidade respiratória.
Ainda que necessário aprofundar em estudos à longo prazo para especificar recomendações dietéticas de luteína nos diferentes mecanismos envolvidos nos cenários desta nossa conversa, tomar como base na nutrição humana a importância dos carotenoides frente à diversas patologias e condições clínicas é fundamental. Certo também é o crescente e exacerbado apetite em consolidar novas razões favoráveis ao consumo de alimentos providos da mãe natureza de forma geral, afim de promover saúde mundialmente.
Refletimos mais uma vez com esta temática, sobre a importância do acompanhamento multidisciplinar com profissionais da nutrição, da neurologia, psiquiatria, oftalmologia, bem como todas demais frentes da medicina, na conquista de uma saúde Íntegra.
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