Gabriela Motta
Aluna da pós-graduação de Nutrição Esportiva e Estética
@nutrigabrielamotta
A longevidade envolve diversos fatores relacionados ao estilo de vida do indivíduo, fato que reflete no aumento populacional de idosos em todo o mundo, principalmente no Brasil, onde cerca de 30 milhões representam a população idosa. É primordial compreender a relevância do papel da nutrição e compreender que são necessárias mudanças nas recomendações nutricionais da rotina do idoso para melhorar os hábitos diários.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o envelhecimento é definido como um “processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte”.
O processo de envelhecimento é gerado não apenas através do declínio cognitivo e funcional, desenvolve-se inclusive por expressão gênica, visto que há um aumento de danos genéticos e redução de reparos genômicos. Condições relacionadas ao envelhecimento aumentam os níveis de marcadores inflamatórios, o qual desencadeiam em processos deletérios relacionados a diversas incapacidades funcionais, metabólicas e até mesmo algumas doenças crônicas.
Fatores envolvidos no processo de envelhecimento que interferem na longevidade
Durante o período do envelhecimento corriqueiramente ocorrem mudanças que envolvem o sistema fisiológico, social e mental. Tais mudanças interferem na saúde, no estilo de vida, na socialização e na nutrição do indivíduo. O processo de envelhecimento não acontece apenas de forma natural e fisiológica, pode ocorrer também por distúrbios metabólicos e neurodegenerativos. Além disso, enfatiza-se que o estresse oxidativo está relacionado com diversas complicações.
Como principal exemplo, podemos citar a diminuição do consumo alimentar da pessoa idosa que sofre interferência de fatores como: socioeconômicos; redução do paladar; do olfato; falta de apetite; comprometimento na digestão e absorção; capacidade de comprar, preparar e consumir alimentos; falta da dentição ou uso de próteses; ingestão de álcool, tabaco e medicamentos. Essa realidade engendra problemas emocionais, físicos e de socialização, que impactam diretamente na alimentação, consequentemente na absorção de nutrientes.
Estudos realizados com idosos acima de 100 anos revelam que os hábitos alimentares saudáveis foram fundamentais para alcançar a longevidade.
A alimentação para a pessoa idosa segue os mesmos princípios das recomendações nutricionais para a população adulta, contudo, é essencial atentar-se quantitativamente e qualitativamente, em virtude do decréscimo da atividade física e do metabolismo. A adoção de estratégias que buscam atingir a ingestão de nutrientes dentro das recomendações necessárias, visando a prevenção das DCNTs e melhoria da qualidade de vida ao envelhecer.
É primordial compreender a relevância do papel da nutrição e compreender que são necessárias mudanças nas recomendações nutricionais da rotina do idoso para melhorar os hábitos diários.
Dessa forma, faz-se necessário manter o estado nutricional do idoso no padrão de eutrofia, visando minimizar os danos, naturais ou não, causados pelo processo de envelhecimento, bem como promover estratégias de melhorias em aspectos globais que abrangem a qualidade de vida.
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